12 outubro 2012

A morte


Não passamos de meros seres que um dia viram pó. Se existe certeza na vida é que esta não dura para sempre. Mas ter conhecimento da realidade não a torna mais fácil de encarar quando esta acontece ao nosso redor. E a dor propaga-se, alastra-se, contagia, torna-se cruel e insuportavel... até ao dia em passa.
Chorar não nos faz sentir melhor, pensar e falar sobre isso não ameniza o ardor no peito...mas é incontrolável. E de nada serve afirmar que, quem vai, seguramente irá para um lugar melhor, e com isto não quero dizer que não acredito nesse tal lugar. Mas a vida é com um jogo: basta perder uma peça para deixar de fazer sentido.

Sempre ouvi dizer que em alturas como estas devemos encarar a vida com, outros olhos, dar-lhe mais valor e lutarmos mais pelo que tanto queremos. Sim, em alturas como estas apetece-me libertar palavras e sentimentos que até ao momento guardo só para mim... mas também a revolta surge fazendo-me pensar no que andamos afinal aqui a fazer.

Se pelo menos a perda de alguém nos fizesse realmente viver intensamente como se tudo acabasse no minuto seguinte... mas são tudo palavras, e palavras leva-as o vento. Resta lidar com a dor e esperar que passe. Porque não passamos de meros seres que um dia viram pó.

22 agosto 2012

Impaciente.

Estou a perder a calma. Encontro-me a desatinar, muito provavelmente sem motivo. Mas não sei nada e as poucas certezas que tenho parecem não ser suficientes para combater as minhas dúvidas. Sei que devo esperar. Mas esperar custa, principalmente quando não sei pelo que espero.

24 maio 2012

Apontamento 1

Atenção! Eu não pedi nada disto. Simplesmente não tenho o poder de controlar tudo na minha vida...

22 maio 2012

Razão Ilógica


fonte: weheartit

O ser humano tem sempre uma incrivel tendência para complicar o que na verdade todos sabemos que é extremamente simples. Mas é sempre difícil lidar com o básico uma vez que quase nada nesta vida o é, porque é suposto ser assim, ou porque tal nos foi imposto e sempre vivemos desta forma. E se tentarmos quebrar esta corrente o mais certo é sofrermos, simplesmente porque os outros não estão preparados para tal realidade.

Todos, no fundo, afirmamos que devemos viver cada dia como se fosse o último. E a questão que me assola no meio disto tudo é: Então porque não o fazemos?
Tenho encarado a vida com outros olhos. Coisas da vida. A verdade é que gostava que muitas coisas mudassem, que aproveitássemos mais em vez de nos enjaularmos numa cela repleta de medos, pudores, inseguranças e fantasmas do passado. Num mundo perfeito, seríamos capazes de enfrentar tudo isso, de engolir em seco, controlar a incerteza e arriscar. Mas em vez disso preferimos ficar presos a mil e uma situações vividas. Não era suposto aprendermos com os erros e com o que porventura correu mal em vez de permitirmos que isso nos impeça de viver o presente? E se parássemos de programar o futuro, não era bem melhor?

Sempre me disseram que devemos lutar pelo que queremos, o que me ensinou a dar ouvidos à razão. Mas a razão por vezes é ilógica e impede-nos de aproveitar o momento. Estou cansada de ser fiel a mim própria quando parece que todos acham extremamente complicado compreender-me. Mas mudar não é opção. Não vou parar de sonhar, de olhar em volta e achar tudo incrivelmente belo, de ver sempre a vida pelo seu lado romântico e de dizer tudo aquilo que penso e sinto, só porque sim. 

Calma. Necessito ter calma, ser ponderada no que digo e faço. Talvez assim, desta vez, tudo seja melhor...

09 maio 2012

O Conselho

- Faz o que sentes e será verdadeiro!

E desde essa tarde pacata passada na esplanada no café Azeitona que começou a enfrentar o mundo de outra maneira. Para quê pensar? Pensar em demasia faz mal à saúde e só nos impede de viver com intensidade. Mas nem tudo é tão linear. O mundo não está preparado para a espontaneidade. Tomara ela fazer sempre o que sente. Talvez assim parasse de viver na insegurança e de sentir dor de barriga, todas as noites antes de adormecer.