01 maio 2010

Vidros.
Vidros partidos ao longo do caminho. A fonte é desconhecida. Não sabe de onde vieram, e na verdade sente-se demasiado inerte para descobrir. Magoam. Sim, magoam-na quando ela por eles se atreve a passar. Rapariga estranha.
Vazio. Assim permanece o seu olhar como se algo lhe faltasse, como se a alegria por vezes lhe fosse tirada e mais tarde devolvida, para dias após esta voltar a ser roubada. E porquê? Porquê toda esta confusão, este emaranhado de fios de lã, quente e aconchegante lã daquele velho novelo que durante anos permaneceu na prateleira. Até que ponto viverá nesta estranha brincadeira do dá e tira? Até que ponto é um simples sorriso algo tão cobiçado, como se de um doce fitado por uma inocente criança se tratasse?

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